sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Projeto de Azeredo quer dar protetor solar gratuito no RS

O deputado Paulo Azeredo (PDT) pretende assegurar aos portadores de câncer de pele, com renda familiar inferior a três salários mínimos, o acesso gratuito a protetores solares. Esta garantia está prevista no Projeto de Lei 362/2009, que objetiva minimizar o agravamento da doença. Pela proposta, o filtro solar será distribuído pelo Sistema Único de Saúde, mediante a apresentação de atestado médico diagnosticando a doença, pois no entendimento do parlamentar "é dever do Estado garantir a saúde da população, através de medidas, instrumentos e mecanismos que assegurem esse direito".


Na justificativa da proposição, o pedetista argumenta que "o câncer de pele pode atingir toda a população, não escolhendo classe social, porém, os efeitos nefastos se fazem sentir mais graves naqueles que não dispõem de recursos suficientes para prevenir e lutar contra a doença". Azeredo destaca que 75% do câncer de pele é representado pelo carcinoma basocelular, e sua origem está diretamente ligada à exposição solar cumulativa durante a vida, não causando metástase, mas destruindo os tecidos à sua volta, atingindo até cartilagens e ossos.

Observando que no Rio Grande do Sul há um aumento expressivo de casos nos últimos anos, o parlamentar se associa a todos que defendem a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de pele, especialmente para evitar o melanoma, que "é o tipo mais perigoso, com alto potencial de produzir metástase, sendo mais freqüente em pessoas de pele clara e sensível, podendo levar à morte se não houver o tratamento precoce". Melhor é prevenir, acentua Paulo Azeredo.

As informações são da Agência de Notícias da Assembleia Legislativa

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Um cochilo de uma hora nos deixa mais inteligentes

Um estudo da Universidade californiana de Berkeley revela que uma hora de sesta pode tornar as pessoas mais inteligentes, pois serve para despejar a mente e melhorar a capacidade de aprendizagem.


"O sono não só cura o mal-estar do cansaço prolongado mas, em nível neurocognitivo, leva além de onde a pessoa estava antes de tirar uma sesta", explica Mattew Walker, professor de psicologia nessa universidade americana e principal autor da pesquisa.

A descoberta reforça a hipótese de que o sono facilita o armazenamento da memória a curto prazo e permite espaço para novas informações, assegura Walker, que apresentou nesta semana seu estudo preliminar no encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS na sigla em inglês) em San Diego (Califórnia).

Para chegar a essa conclusão, os cientistas tomaram como amostra 39 adultos saudáveis, que foram divididos em dois grupos: os que tiram uma sesta e os que não o fazem.

Durante um dia, essas pessoas foram expostas a dois exercícios de aprendizagem para colocar à prova o hipocampo, uma região do cérebro que ajuda a armazenar memórias sobre eventos.

Uma delas foi realizada ao meio-dia, quando ainda os resultados obtidos por ambos os grupos não foram muito díspares.

Às duas da tarde, apenas um dos grupos dormiu noventa minutos e em seguida todos foram submetidos a uma segunda rodada de exercícios, onde pôde se observar que os piores resultados correspondiam aos que não tinham tirado a sesta.

Segundo Walker e sua equipe de pesquisadores, permanecer muitas horas acordado leva a que nossa mente funcione a um ritmo mais lento.

Concretamente, passar a noite acordado faz cair em quase 40% a capacidade para empreender novas atividades devido à paralisação de algumas regiões do cérebro durante um período de falta de sono para a pessoa.

A equipe de Walker se propõe agora averiguar se a redução do tempo de sono com o avanço da idade está relacionada com a perda de capacidade de aprendizagem que acontece conforme envelhecemos.

Descobrir se existe ou não conexão pode ser útil para entender como acontecem os processos neurodegenerativos como a doença de Alzheimer, segundo Walker.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Caminhar faz bem para a pressão

Recentemente, uma crise de hipertensão acometeu o presidente Lula, o que acendeu o sinal de alerta nas pessoas que têm vida sedentária. A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP, desenvolveu uma pesquisa que comprovou a eficácia da caminhada na prevenção da doença.


A pesquisa da FMRP comprovou que a pressão arterial reduz na primeira hora, se mantendo baixa pelas 24 horas seguintes. Foram avaliados 1000 voluntários com idade entre 60 e 75 anos, a mesma faixa etária do presidente. Inicialmente 10% foram selecionados para amostragem. Eles foram submetidos a uma sessão intensa de 40 minutos de caminhada, seguida de um repouso também de 40 minutos.

Foi verificada uma redução significativa nos que tinham pressão arterial elevada e uma diminuição menor naqueles que com pressão normal. De acordo com os pesquisadores, o diferencial da pesquisa é ter analisado o impacto do exercício aeróbico na pista, com a caminhada, e não em uma esteira ou bicicleta ergométrica, como era realizado antes.

Após uma única sessão desse exercício aeróbico, em média, a pressão arterial sistólica, que é o valor mais alto e mede a força do sangue nas artérias, quando o coração se contrai para impulsionar o sangue através do corpo, caiu 14 milímetros de mercúrio (mm Hg) e a pressão arterial diastólica, número inferior que mede a pressão enquanto o coração relaxa para se abastecer de sangue, caiu 4 milímetros, ou seja, de 13 por 9, por exemplo, passou para 11 por 8. E, após 24 horas, essa pressão continuou reduzida em 3 milímetros na pressão sistólica e 2 milímetros na diastólica.

Os pesquisadores explicam que a prática contínua de exercícios pode levar à diminuição gradativa e até ao não uso de medicamentos para os hipertensos leves e, ainda ser um método coadjuvante no tratamento com medicamentos nos casos mais graves.



Hipertensão entre idosos

Segundo o médico geriatra Eduardo Ferrioli, professor da FMRP, que participou do estudo, a pressão arterial é uma das doenças de maior prevalência entre os idosos, chegando a quase 50% de alcance na faixa etária. Para ele, uma das causas do agravamento dos casos é o estresse diário. “Uma rotina mais tranquila e hábitos saudáveis, como diminuir a quantidade de sal e manter o peso, ajudam muito no controle e até para a cura da hipertensão", explica.


Jovens

A Sociedade Brasileira de Cardiologia aponta que, no Brasil, há 27 milhões de pessoas com mais de 18 anos e 2 milhões de crianças e adolescentes com hipertensão.

Foto: site UFJF.com